O marketing de influência já é uma realidade consolidada para as marcas, que ampliam de forma consistente seus investimentos na estratégia focada em creators. A Pesquisa ROI & Influência 2025, conduzida pela YOUPIX em parceria com a Nielsen, mostra que 57% dos anunciantes pretendem aumentar os aportes em 2025, especialmente entre empresas de maior porte.
Hoje, a maior concentração dos orçamentos destinados aos influenciadores ainda está na faixa de até R$ 300 mil, mas dobrou a participação das marcas dispostas a investir mais de R$ 5 milhões, passando de 6% para 12%. Entre os maiores aportes, o foco está no fortalecimento da marca: 70% em awareness, 70% na tradução da mensagem e 60% na conquista de novas audiências.
A pesquisa reforça essa tendência: 82% dos anunciantes consideram o marketing de influência central em seus planos de comunicação. Além disso, 75% das lideranças e 87% das equipes acreditam que influenciadores geram resultados únicos em comparação a outros meios digitais. O impacto já aparece no consumo: 80% dos consumidores afirmam ter comprado produtos indicados por creators.
Estratégias e modelos de ativação
- Predominam as ações pontuais (70%), embora campanhas mais longas (acima de um mês) estejam em crescimento.
- Mais da metade das marcas realiza 11 ou mais ativações por ano.
- Empresas com maiores orçamentos formam squads mais robustos de influenciadores por campanha.
- Apesar de 94% reconhecerem o valor das relações contínuas, o rodízio de creators ainda é prática predominante.
- A criatividade e a reputação ganham mais peso do que custo ou número de seguidores.
- Cresce a valorização do direito de imagem para campanhas integradas (dark posts, ads, remarketing).
Papel das agências
- 67% das marcas contam com agências especializadas; entre orçamentos acima de R$ 1,5 milhão, o índice chega a 95%.
- As agências enfrentam prazos curtos, expectativas irreais e falta de acesso a dados internos das marcas.
- Apenas 50% estruturam planejamento estratégico completo; muitas atuam de forma mais tática.
- Apenas 20% fornecem feedback estruturado aos influenciadores após as entregas.
Caminhos para a evolução do setor
A pesquisa, que ouviu 187 profissionais (83 anunciantes e 104 agências) entre abril e junho de 2024, aponta três prioridades para o futuro:
- Mensuração inegociável – superar métricas básicas e conectar influência a indicadores de negócio.
- Uso estratégico do creator – de vitrine a parceiro de cocriação e relevância cultural.
- Reequilíbrio de papéis – divisão mais clara de responsabilidades entre marcas e agências, com prazos realistas e briefing estruturado.
O estudo mostra um mercado em consolidação: a influência é reconhecida como essencial, mas ainda limitada pela dificuldade de mensuração e pela predominância de contratos pontuais. O avanço dependerá da profissionalização das métricas, da integração criativa com os influenciadores e de uma organização mais madura entre anunciantes, agências e creators.
